terça-feira, 14 de abril de 2015

Resenha de Série: Game of Thrones – 5ª Temporada/Episódio 1 – The Wars to Come


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Não deixa de ser curioso como à mera abertura de uma série querida pode te trazer imediatamente para o seu universo. Principalmente quando data de um ano a última vez em que a mesma foi assistida. O tema composto pelo alemão Ramin Djawadi, aliado ao virtuoso mapa que apresenta os reinos, tem mesmo esse poder de nos familiarizar novamente com Game of Thrones. E se a música já se tornou um verdadeiro clássico das trilhas sonoras, tradicional também vem se tornando a maneira cadenciada como a série abre suas temporadas.

O primeiro episódio, The Wars to Come, dirigido por Michael Slovis – cara nova no cartel de diretores de Game of Thrones, mas rodado em séries de sucesso como Breaking Bad e Fringe -, alude diretamente aos iminentes combates que possivelmente testemunharemos nessa quinta temporada. The Wars to Come tanto nos introduz ao desenlace da morte de Tywin Lannister (Charles Dance) quanto pontua cada linha narrativa mostrando quais personagens serão os mais importantes nessa quinta temporada. Jon Snow (Kit Harrington) é um deles.

Entrecorta com Stannis Baratheon (Stephen Dillane) buscando fortalecer seu exercito. Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) pelejando com sua cada vez mais complicada posição de soberana. Tyrion Lannister (Peter Dinklage) num exilio deveras melancólico, sem norte ou procurando por um novo. E Cersei Lannister (Lena Headey) lidando a sua particular maneira com a morte do pai. Penso que desde quando a cabeça de Ned Stark (Sean Bean) foi empalada numa estaca, Game of Thrones nunca pareceu tão imprevisível a sua audiência. Não seria errado dizer que a série está praticamente recomeçando.

The Wars to Come abre essa nova perspectiva ao público quando revela ser um episódio todo direcionado a escolhas, a tomada de lugares, a novos rumos de velhos conhecidos. Ou seja, fica claro que eleger um lado para lutar, ainda que não concorde com sua ideologia, fará toda a diferença na hora de se manter vivo. O meio-termo é passado. As intrigas tão caras outrora talvez encontrem menos o seu lugar nessa temporada, ou mudem de endereço, de Westeros para Meeren. Se a politicagem ceder totalmente a força a bruta, provavelmente teremos uma temporada bem diferente das anteriores.

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